Blog em Manutenção...

domingo, 26 de setembro de 2010

A censura vem à tona com Liberato!

   Ivan Silva

Diga não à Censura!
    A essa altura, todos os tocantinenses já devem estar sabendo da absurda decisão judicial tomada pelo desembargador Liberato Póvoa. Ela proíbe todos os veículos de comunicação do Estado do Tocantins de veicular noticias referentes aos escândalos envolvendo o atual governador e candidato à reeleição pela coligação Força do Povo, Carlos Gaguim, publicadas nos renomados jornais Folha de São e Estadão. Todo o Brasil vai ter o direito de acompanhar o caso com gostosa liberdade, enquanto os jornalistas do nosso Estado terão de permanecer calados, sob a ameaça de ter de pagar 10.000 reais de multa diária caso decidam descumprir o que a censura prévia e totalmente abominável lhes impõe.
   Entendemos que, independente da forma como o Estadão conseguiu obter acesso a essas informações que põem em risco a imagem do peemedebista Gaguim - ou se houve ou não o envolvimento dele com a quadrilha de Mauricio Manduca em São Paulo - ninguém poderia ser proibido de se manifestar sobre o caso. Mas todos fomos. E o pior de tudo é a explicação de Liberato Póvoa. Ele disse que as informações publicadas no jornal Estadão são de origem ilegal e duvidosa, mesmo sendo as mesmas divulgadas por diversos veiculos da imprensa brasileira. Sem dúvida, é uma resposta  incompleta, exposta para convencer os jornalistas de Tocantins a aceitar a terribilidade da decisão judicial que abalou o Estado. 
   De acordo com Sérgio do Vale, o advogado da coligação Força do Povo, o governador não está sendo citado e nem investigado e que nos relatórios oficiais do MPE de São Paulo não há menção nenhuma a Gaguim. Mas nada do que Sergio do Vale expõe como defesa do candidato justifica uma medida tão drástica que nos remete aos obscuros tempos de ditadura militar, onde os veículos de comunicação eram massacrados pelo autoritarismo do Governo. Além disso, a afirmação de Sérgio contraria tudo o que vem sendo noticiado sobre o caso em várias fontes de informação.
   A Rede Record manifestou hoje sua fúria com relação ao episódio, publicando uma nota na TV falando que não aprova a decisão de Liberato Povoa e que ela é uma manifestação de censura. E a jornalista Roberta Tum escreveu em seu site: “Aguardamos e desejamos que o fim do período eleitoral daqui há uma semana restabeleça o direito à livre manifestação da expressão e do pensamento, vedado o anonimato, e que a Constituição Brasileira volte a ter seus princípios respeitados acima de tudo no Tocantins, como nos demais estados da federação.” Como podem ver, os jornalistas tanto do Tocantins quanto do Brasil estão revoltados e não deixam de ter a esperança na justiça e na democracia. O blog Trem Brasileiro também apóia a classe jornalista e é contra toda forma de censura aos veículos de comunicação, e entende que o prejuízo de tão injusta medida afeta profundamente a população tocantinense, pois fica prejudicada no seu direito de acesso à informação. E ele é garantido pela Constituição Federal (art.5º) e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigos 18 e 19.
    O Trem Brasileiro vai divulgar aqui as noticias sobre o caso envolvendo Carlos Gaguim. E os jornalistas devem se unir contra a repressão que essa determinação judicial injusta traz consigo. Não apenas eles, mas todo o povo tocantinense deve dar as mãos. Os universitários, em especial, também precisam levantar sua voz pelo direito à liberdade de expressão, independentemente de bandeira política. Os candidatos ao governo do Estado, tanto da coligação Força do Povo quanto da Tocantins Levado a Sério tem direito de defesa e ampla liberdade de professarem seus posicionamentos ideológicos e exigirem a proteção da justiça. Mas isso não é motivo para impedir a liberdade de informação. O papel da Imprensa é levar tudo o que acontece no mundo aos sentidos do cidadão, para que este possa interpretar os fatos e consolidar sua opinião. Privar a sociedade deste direito é retroceder no tempo, aos porões escuros da ditadura.

Levantem sua voz, jornalistas do Tocantins...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Red's men x Blue's men: quem ganha?

Ivan Silva


   Como blogueiro e internauta convicto, tenho acompanhado todas as batalhas travadas entre os red's man e blue's man por meio de sites jornais na internet. Um deles é o da jornalista Roberta Tum, que todos os dias oferece uma gama de noticias que nos premiam com as mais valiosas e recentes informações sobre a corrida eleitoral no Tocantins. E uma coisa garanto a vocês: nas duas grandes coligações o clima está mais quente que o do nosso Estado. Ataques e revelação de escândalos envolvendo ambos os lados estão sendo assunto em diversos pontos de Palmas. Nas estações de ônibus o povo está atento. Indecisos aproveitam a ocasião para escolherem o seu candidato. A poucos dias do grande dia que decidirá o futuro deste grande Estado, que foi separado de Goiás em 1988 e que ainda sofre com as mazelas que acometem a saúde pública, educação, habitação e outros setores, o povo está começando a consolidar sua opinião. A intenção de voto já passou pela indefinição, indiferença, simpatia e agora parte para a adesão. São nestas semanas finais que os red's man e blue's man aplicarão todas as suas forças para conquistar o eleitor que ainda não aderiu a ninguém.
    Aqui no Trem agente vota pela verdade. Aqui a corrupção não tem vez. E exponho o que acredito ser a melhor maneira de defender a verdade: a análise crítica dos fatos. É fundamental que nessa reta final todos estejam empenhados em ouvir as propostas dos dois lados e analisar, matematicamente, as acusações que estão comprometendo as duas grandes forças rivais. Que se preocupem em rever seus conceitos, e julgar se vale ou não a pena votar nos candidatos escolhidos. Os rostos tranquilos e reluzentes são, por força da tradição política brasileira, as capas das mais astutas e macabras mentes. Assim como os mais agitados e nervosos guardam em si a calma e a paciência para arquitetar seus planos maquiavélicos. É preciso que se fique de olho em tudo. Os minimos detalhes conduzem a grandes descobertas.

Acorda Tocantins...

Acessem:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ano Eleitoral

  Por Fábio Gibran   


Fábio Gibran

   Estamos no ano de 2010, momento histórico importante para a nação brasileira, pois é ano político, e cada pessoa vai exercer plenamente sua cidadania, decidindo os rumos do país por mais quatro longos anos.
  O Brasil é um país de riquezas naturais surpreendentes, nossa fauna e flora são belíssimas. Politicamente, vivemos numa sociedade de regime republicano e democrático, de ideologia neoliberal de um sistema econômico capitalista, o que levam todos os bens produzidos no país a serem comercializados. Somos também uma nação de grande diversidade cultural, fazendo de cada região ou até mesmo de cada estado um denso caldo cultural. A cultura de um povo revela a sua identidade (aqui está descrito de uma forma ampla, Antropológica), como os valores, crenças, hábitos, costumes e modos de ser e pensar que caracterizam uma civilização. A nossa cultura, especificamente, foi construída tendo como cimento três matrizes: cultura indígena, africana e luso-européia.
   Como vivemos num mundo culturalmente heterogêneo, somos levados a acreditar que a cultura não sofre influências de forças externas de nenhuma forma (aqui não está colocado no sentido amplo, antropológico), no entanto, a realidade nos mostra que não é bem assim. Nas últimas décadas presenciamos um avanço avassalador da tecnologia, em diferentes ramos do conhecimento, como, por exemplo, as tecnologias atreladas aos setores de comunicação (rádio, televisão, internet, celular). Nesse sentido, podemos dizer que a cultura democratizou-se, mas não é o que vemos e nem presenciamos. Pensamos também que não há nenhum resquício de ditadura no Brasil. O que podemos dizer e acreditar, devido ao avanço tecnológico no ramo das comunicações, é que realmente a informação e a cultura chegam aos "cidadãos" brasileiros de uma forma livre e democrática.
   Política, economia, cultura, comunicação e mídia estão fortemente entrelaçadas. Qual a função da economia num sistema capitalista, resumidamente que atenda o tripé: produção, consumo e lucro? Qual a função da política? Etimologicamente vem da palavra grega Polis (cidade) que é a arte de governar, promulgar leis para o benefício dos "cidadãos" de uma dada sociedade. E da comunicação? Seria informar a população dos fatos e acontecimentos decorrentes do mundo. E a cultura, o que seria? Tentar definir a cultura é muito difícil, diria até impossível, dada a sua dimensão. Mas vamos tentar de uma forma bem condensada e simples (se é que isso é possível): é o conjunto das ações e dos feitos humanos, através da transformação pelo trabalho humano da coisa dada pela natureza. (Aqui no sentindo amplo, Antropológico).
   Assim, cultura abrange todos os feitos humanos, indo desde o simples martelo de prego até a construção de complexas arquiteturas do mundo moderno. E a mídia? Mídia e comunicações estão fortemente conectadas, portanto podemos afirmar que são interdependentes.
   Como vivemos numa sociedade de economia capitalista, todos os bens e recursos naturais são extraídos no sentido de serem comercializados. Nisso, a mídia, a propaganda e a publicidade têm um papel fundamental. De estimular a população a consumir (muitas vezes aquilo que não precisamos). Portanto, política, economia, cultura, mídia, comunicação gira em torno de um único objetivo: a de fazer a população consumir.
    Como foi dito no início do texto, vivemos um ano importante, um ano de decisões políticas, de decidirmos quem irá governar o país por mais quatro anos. Mas será que estamos amadurecidos e conscientes politicamente para tomar uma decisão tão importante assim? É lei os candidatos exporem seus planos políticos na televisão, o que pretendem e quais são seus projetos para a melhoria da sociedade. Mas como tudo gira em torno de lucros e de permanência do Status Quo, os principais candidatos a serem o possível presidente(a) da república já foram formulados, como na forma de um jogo de "cartas marcadas" para que uma classe dita dominante se mantenha no poder político e econômico.
   Vale lembrar, que esse ano também foi ano de copa do mundo, e como o futebol está fortemente enraizado na nossa cultura, muitas vezes, infelizmente, nos deparamos com comentários poucos engajados politicamente, mas profundamente especializados futebolisticamente. A mídia tratou a copa do mundo como um grande espetáculo. Foi um show de imagens, os jogadores foram captados por todos os ângulos. O mundo do futebol é visto também como uma mercadoria, de transações milionárias e é bastante difundido pelos meios de comunicações de massa.
   Ano de copa do mundo e ano de política, qual dos dois termos é mais usado cotidianamente pelos brasileiros, ou melhor, qual dos dois eventos é visto como mais importante pela população? Como a mídia induz ao consumo e ao entretenimento, o futebol encontra-se mais presente nas palavras proferidas pelos brasileiros do que a política e visto também, por muitas pessoas, como de maior importância (além disso, a forma como a mídia atua na sociedade, impondo as nossas preferências pessoais em relação à música, à cultura do futebol etc.
   Tratando o esporte de uma forma mais importante que a política, essa imposição seria um resquício da ditadura. Uma ditadura midiática. Há verdadeiras pessoas especializadas no assunto futebolístico, e muitas pessoas desentendidas da vida política. Basta observar, por exemplo, no ambiente de trabalho, nos intervalos da jornada de trabalho, os funcionários geralmente se reúnem para conversar e o tema bastante discutido é o futebol: "Você viu o Flamengo ganhou", "o Palmeiras perdeu e o Fluminense está na ponta do campeonato brasileiro". "Quantos gols incríveis no final de semana, um mais bonito que o outro". É muito comum ouvirmos comentários voltados pro futebol nas paradas de ônibus, nas ruas, nos barbeiros etc. Todos discutindo minuciosamente o assunto, como especialistas. "Você viu o político x tem ótimas propostas"? "Mas o político y quer realmente fazer uma mudança verdadeira na sociedade brasileira, e além do mais ele é socialista e para mim esse sistema é mais justo que o capitalismo”. Assunto desse calibre infelizmente é muito incomum e raro no dia a dia da população.
   Se um dos papéis da mídia seria informar, então o papel dela seria também o de educar a população no sentido de estimular à conscientização política, mas como os meios de comunicação estão a serviço das classes dominantes, o que vemos, muitas vezes, é desinformar, alienar e implantar uma cultura de consumo.
   Este ano vamos decidir os rumos do Brasil. Na lógica, teríamos que presenciar as pessoas discutindo e debatendo sobre as propostas políticas dos candidatos, e no dia das eleições votarmos conscientemente. Uma sociedade realmente democrática não se resume no fato dos "cidadãos" votarem, mas também de terem uma opinião política consolidada. Numa democracia, o poder está nas mãos do povo. Isso quer dizer que os membros da sociedade são os responsáveis por decidirem os seus representantes, mas o que vemos e presenciamos são pessoas indiferentes e alienadas politicamente, que não percebem o quanto a política faz parte do seu dia a dia, e em todas as esferas sociais. Democracia é também sinônimo de justiça social, de igualdade, e de distribuição igualitária das riquezas e renda econômica para o usufruto da população.
   Somos uma nação de grandes riquezas naturais. A diversidade cultural também é uma forte marca da identidade brasileira. Somos uma nação republicana e de uma democracia ainda muito jovem, passamos, recentemente, por um período histórico bastante conturbado, de ditadura militar. Vivemos num sistema econômico capitalista onde a mídia é dominada por uma elite burguesa, e ela exerce seu papel de uma forma para estimular o consumo, o entretenimento e muitas vezes de desinformar a população das questões políticas. Para exercemos efetivamente a nossa cidadania deveríamos nos ater mais às questões políticas, e também de gostar do assunto sem achá-lo chato e enfadonho. De vê-la como algo importante, e de também percebermos o quanto a política está presente nas nossas vidas. Só assim que seremos verdadeiros cidadãos sem aspas, conscientes dos seus direitos e deveres, e, conseqüentemente, membros de uma sociedade efetivamente democrática, onde o povo estaria no poder e não uma minoria burguesa e conservadora da direita.

Fábio Gibran
(Estudante)
 Concórdia - SC


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Independência Privatizada

Por Daniel Lacerda

Daniel Lacerda

    Bom, quase que sempre tenho vivenciado situações estranhas, de fatores externos que nos influenciam. Hoje, desfile cívico em praticamente todas as capitais, ou em todas, todos nós, Brasileiros que somos, saímos para rua para ver, ou mesmo comemorar, a independência do país. Emocionante não? Onde quero chegar com isso, você deve estar se perguntando, é que tudo ao nosso redor, nos influencia, como uma espécie de contágio.

    Para ser mais sincero, cheguei a ver tanta coisa que quase fiquei besta. Acho que dependendo do grau do caso, chego sim ao grau da abestadagem maior, se é que isso existe. Ví desde um garoto dando seus cumprimentos, à uma linda garota com um grande beijo daqueles de língua, até garotas chamando os soldados do exército de “gostoso”. É gente, eu ví isso sim.

   Por fim, nessa nossa linda noite independente, deixo meus sinceros votos ao povo, pelo menos aos que lerem essa crônica, com uma bonita homenagem: Que o Brasil se torne independente cada dia mais, mais sim da escravidão que a mídia proporciona no corpo das mulheres, das corrupções esbanjadas que o governo faz, e gastando misérias em desfile cívico, “compra” o bom senso das pessoas, e de um povo que ainda por cima culpa Deus por isso tudo. Que então assim, nos tornemos independentes.

Daniel Lacerda - 07/09/2010
Estudante e membro da UJS
(União da Juventude Socialista)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pesquisa Eleitoral feita pelo Trem Brasileiro

O Trem Brasileiro fez uma pesquisa ontem, 15 de setembro, em Palmas e Taquaralto, para saber as intenções de voto da população para governador. Foram entrevistadas 214 pessoas no centro da Capital e na Avenida Tocantins, em Taquaralto. O nosso blog não é especialista em pesquisa eleitoral e não pretende desempenhar a função de instituto de pesquisa, mas decidiu conhecer um pouco a opção dos tocatinenses para governador. Lembrando que o posicionamento político do Trem é imparcial. Confiram.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Coisas no Ar

Pedaços dos dias
Flutuando no vácuo da sala,
A colher pedaços dos meus sentimentos
Que se movem lentos nessa atmosfera.

Resquícios de nostalgia,
O singelo castelo da infância
Me fascina e me machuca.
Aqui na sala eu sou o homem
Das teclas de um piano que
Me projeta no mundo.

Números, textos, planilhas, planos,
Imagens cuja beleza é pra vender.
Sou quem reconstrói a vida com
Moldes fascistas e quem canta
Já sem força o canto comum e livre.

Até que às vezes o tempo me dá
Alguma pista de mim mesmo, e
Eu aperto sua mão com esperança.
Reconstruo meus dias entre quatro paredes,
Derramando poesia onde só há lógica cinza.
Cada vez mais longe da minha pele.

(Ivan Silva)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Candidatíssimos

Gente boa, gente amiga. Este é um momento tão espetacular quanto a Copa do Mundo de Futebol para todos nós. Um grande time se prepara nos vestiários, engoma seus ternos, escova os dentes (naturais ou não) e passa aquele perfume indefectível que se alastra por quarteirões. Ele se aquece e prepara-se para usar o que mais sofre durante a megalomaníaca empreitada que ocorre de quatro em quatro anos: a bendita lingua. Ela ajuda a mensagem a chegar em alto tom e sempre vence no final, pois o eleitor se cansa e acaba votando por uma razão justa: não aguenta mais tanta falação. A lingua usa e abusa de seu direito, comandada pelo vontade psicótica do seu dono de vencer a qualquer custo.
O ouvido calejado do eleitor manda uma mensagem para o cérebro, e este obriga o dedo a teclar o número que a senhora linguaruda ordenou. O suplício termina. Só daqui a algum tempo é que a perturbação retorna. Bem que podia vir antes da Copa. A competição seria uma aspirina para todos.
Claro que o olho também não pode ficar de fora. São tantas cores, figuras, efeitos, cromos e cartelas sobrepostas que o eleitor fica zonzo. Se assistir a duas sessões do programa eleitoral gratuito, é bem arriscado que ele vá dormir com todas aquelas informações na cabeça e acabe até sonhando aquilo. Um tormento que ele enfrenta dispondo de uma arma de grande calibre, capaz de calar qualquer tagarela e reduzir as imagens carnavalescas e cults a nada: o santo Controle Remoto! Ele é inimigo dos candidatos e capaz de salvar a vida do eleitorado.
Seria bom se tudo resolvesse num clique. Mas não é bem assim não. O timão sai às ruas, entra na casa do eleitor e pega na sua mão, abrindo aquele mega, ultra sorrisão. E se não o acha no conforto do seu lar, ele vai perturbá-lo lá no bar. Isso mesmo. O cidadão, depois de um dia cheio, está com a cabeça tal qual uma panela de pressão, e quer relaxar, tomar uma cervejinha gelada e jogar conversa fora com os amigos. Ai chega o Íssimo, e ele tem de aguentar aquele discurso apaixonado, vibrante e cativante. E pra finalizar, o clássico tapinha nas costas, que às vezes faz o jovem, o senhor ou a dona de casa quase cuspir o pulmão mundo afora. Ai surgem as perguntas: como não se estressar? Por que não ficar indiferente à política? São questões difícies!
Nestas eleições temos alguns candidatíssimos disputando vagas na aconchegante Fábrica Pública. Em suas cartas, discursos, santinhos e outros meios de comunicação é possível perceber a defesa dos superlativos. Todos pensam GRANDE e querem coisas GRANDES para seu país, estado, cidade etc. E a maioria acaba tendo a mesma idéia. O eleitor não enxerga o todo dessa grandiosidade. É muita coisa para seus sentidos captarem. Logo, ele vota para se livrar dessa grandeza que o sufoca e esmaga. Dilma, Serra e Marina pensam grande demais! E se hoje já pensam tão ÃO assim, imaginem depois que um deles conseguir o poder...
Pessimismo à parte, os candidatíssimos vão vencer novamente. A linguagem superlativa vai tomar o lugar do conteúdo mais uma vez. É assim que se faz política por aqui. Se convence o eleitor enfadando-o. É mais ou menos como age a nossa indústria cultural brasileira e mundial: passa a vida a dizer que barro é Milk-Shake. Repete-se até que vira verdade. E o brasileiro cai de boca.
Por favor, gente boa, vamos aprender a podar esses ÍSSIMOS da nossa nação.
Vote em candidatos que tenham conteúdo para mostrar. É só pesquisar. Não é chato. É até divertido! Mas se você não encontrar nenhum que lhe satisfaça (e geralmente os que fazem o coração bater mais rápido são os ÍSSIMOS) vote naqueles candidatos mais fraquinhos que aparecem pouco na TV e andam pelas ruas com roupas esfarrapadas. Eles geralmente são pobres e tecnicamente ignorantes, mas guardam uma sabedoria de causar inveja a qualquer Candidatíssimo!
Tente isso...ou não tente NADA!
Ivan Silva)
02/09/2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Brava gente brasileira

É com muita satisfação que eu, Ivan Silva, inauguro este singelo blog para vocês. Pensei num nome interessante, e resolvi colocar "Trem Brasileiro". A razão? Bem, eu visualizei um enorme trem verde e amarelo, repleto em seus vagões do que há de mais belo e grotesco neste imenso Brasil e neste pequenino mundo. Ele nasceu da vontade de encaixar na tela do seu computador as idéias de pessoas que apreciam a arte, que não se conformam com o convencional e que desejam simplesmente se expor, despudoradamente. E como sou eu o idealizador do blog, evidentemente que grande parte dos escritos destas páginas virtuais saltarão da minha cabeça, incomodando, agradando, emocionando ou nada disso. Vai depender da interpretação de cada um. E eu defendo a liberdade de expressão acima de tudo. Você é livre para apedrejar ou admirar.
Sou acadêmico em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda, apaixonado por jornalismo, filosofia, arte, culturas, erudição, futilidade, ignorância entre outros. Nada na vida é descartável. Podemos juntar todas coisas num caldeirão e fazer uma mistura louca que certamente vai gerar uma nova substãncia. Claro que vocês não me verão tolerar tudo. Ninguém é perfeito. E quero que vocês, leitores e formadores de opinião, me dêem um sacolejo quando perceberem algum equivoco de minha parte. Podemos construir juntos o saber. Somos colaboradores e auxiliares uns dos outros. Me sacolejem! Não se esqueçam! Mas não exagerem, hehe!
O poder da comunicação se estende a cada dia. A velocidade da informação e a maior participação por parte dos internautas faz da internet, pelo o menos por enquanto, um meio democrático de se informar e conscientizar. E eu peguei carona neste barco, ou melhor, neste trem, pois assim como muitos também fui seduzido pela grandiosidade do mundo virtual. Vejo a expansão dos blogs e o interesse das pessoas pela escrita como uma grande revolução pela liberdade de expressão que está principiando em todo o mundo. A humanidade está aprendendo a não se calar para aqueles que querem assassinar sua voz. Câmeras de celular registram, as imagens vão para a rede, e ai está feita a noticia, o fato consolidado, abrindo as mentes para a ato de interpretar. Mas essas interpretações ainda são precárias, dirão alguns. E eu lhes respondo: acredito que é só uma questão de tempo. Acredito...
O Trem Brasileiro vai se locomover, com ou sem trilhos. Todos nós almejamos o progresso desta nação, e ele só vai acontecer quando a educação estiver em primeiro plano nas nossas metas. E não convenceremos o jovem a gostar de ler, de se informar e pensar se primarmos por medidas arcaicas de ensino. Não adianta mais querer enfiá-lo em uma biblioteca, isolá-lo do mundo e afogá-lo na lição de casa. Agora ele quer o blog, o orkut, o contato direto com o que está acontecendo à sua volta. Ele tem acesso a tudo. Só basta conduzi-lo ao caminho certo, direcioná-lo à busca pela inteligência. Na frente do computador ele tem o mundo à sua disposição. Só basta procurá-lo e dele extrair o que há de melhor e mais produtivo. Como faremos isso? Bom, só saberemos se discutirmos aqui, interagindo da melhor forma possível. É por isso que o Trem Brasileiro está aqui. Vamos carregá-lo com o que há de mais rico em nós e partirmos para a viajem. Tem espaço pro mundo inteiro, apesar de ser brasileiro.
Milhares de blogs, neste exato momento, estão sendo criados em todo o mundo. Isto é um ótimo sinal. Todos querem se expor, falar de seu país, sua cultura, seus medos, seus acertos e sonhos. É o ser humano abrindo as portas de sua mente e libertando seu potencial antes oculto. Vamos ler, apreciar, rir, criticar e interagir. E o melhor de tudo, aprender. Isso é o que nos move. Respostas que despertam mais dúvidas. Dúvidas que podem ser solucionadas na internet. Se você é homem e gosta de dormir com um ursinho de pelúcia, certamente encontrará, em algum lugar do mundo, vários outros marmanjos que fazem o mesmo e são felizes assim. Ninguém mais vai ter problema de solidão. Ninguém.
Este blog foi criado para te acompanhar. Se você conseguir encontrar aqui idéias que sejam parecidas ou não com as suas, fique à vontade para fazer o que quiser. Problema de solidão você não terá mais depois que entrar em um dos vagões deste Trem. Então, vamos adiante...
(Ivan Silva)
01/09/2010