Blog em Manutenção...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Deixe aqui sua opinião sobre o futuro...

 Ivan Silva
   
   O dia 31 de outubro está chegando. O Brasil conhecerá o seu novo presidente (a). Por isso, o Trem Brasileiro quer conhecer um pouco sua opinião a respeito desta eleição. Quem mereçe o cargo e quais são os motivos que te levam a aprovar o candidato escolhido? O que ele vai fazer por você e por sua família?      
   Deixe o seu comentário aqui.

   Desde já agradecemos a sua participação, que é absolutamente valiosa para nós!


terça-feira, 26 de outubro de 2010

1400 motivos para continuar...

  Um sábio certa vez disse: "Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade"!

Ivan Silva
 
web
  A idéia do Trem Brasileiro era de publicar, hoje, uma matéria sobre o Ensino da Filosofia no Brasil e sua grande relevância. Mas as circunstâncias, que estão sendo muito positivas, impossibilitaram-me de realizar a publicação. Nos últimos dias, uma grande quantidade de acessos a este blog e elogios ao seu conteúdo e proposta tem me surpreendido e deixado extremamente feliz. O que começou como uma simples e tímida página virtual, agora está se consolidando em um veiculo de expressão coletiva, cujos rumos estão se definindo na medida em que os internautas, muito dos quais sou parceiro e amigo fora e dentro da web, vão sugerindo temas e carregando de energia este Trem. O reconhecimento pelo trabalho desenvolvido é fonte de inspiração para qualquer pessoa. E nosso blog agora está bem mais disposto a seguir o caminho que tem a trilhar, visto que tem conquistado o mais importante de todos os méritos: respeito.
    Dia a dia vamos tocando  a vida, vivendo e aprendendo, seguindo o embalo da canção que nasce dentro de cada um de nós. O Trem, nesses dois meses de fundação, vem recebendo o apoio de diversas pessoas que vêem nas Redes Sociais uma oportunidade gigante de negócios, difusão da arte e cultura,  promoção de trabalhos acadêmicos, exercício da cidadania e muito mais. Isso desperta uma profunda confiança de que tudo vai dar certo, mas também a consciência de que, junto com o crescimento, devem estar também a responsabilidade, a coerência e a humildade. As pessoas apóiam porque confiam, e cabe a nós retribuirmos da melhor forma, sempre com trabalho, compromisso, seriedade e verdade.
   A ferramenta virtual de estatística da Rede Social Blogger, que hospeda o Trem Brasileiro, traz dados muito significativos sobre a quantidade de acessos que nosso blog vem tendo ultimamente. De acordo ela, o Trem já teve mais de 1400 visitas desde seu inicio em setembro deste ano.  Já foi visto 39 vezes nos Estados Unidos, 9 no Canadá e uma na Bélgica, Alemanha e Japão. Ainda de acordo com a ferramenta, o público do blog costuma acessá-lo via Orkut, ficando em segundo lugar o acesso direto pelo endereço da pagina e em terceiro pelo Twitter e outras redes. Além disso, o Trem Brasileiro está tendo, em média, 30 acessos por dia. Com certeza, um motivo de orgulho e um sinal muito positivo de que esta locomotiva está no caminho certo.
    Por tudo isto, tenho enorme prazer em agradecer, aqui, diretamente no Trem Brasileiro, às pessoas que estão ajudando este blog a se tornar cada vez mais forte. E são elas: Valdirene Cássia Silva, grande e sábia professora do curso de Comunicação  Social/ Publicidade e Jornalismo; Irenildes Teixeira, coordenadora do Curso de Comunicação e minha ex-professora da disciplina de Fotojornalismo; Matheus Andrighi, acadêmico em Comunicação e companheiro fiel de banda Maquinários; Bruce Ambrósio,  acadêmico em Comunicação e designer da Revista Fama/ Palmas-TO, grande colaborador, visionário e idealista;  César Augusto (Imperador), educador, filósofo e grande conselheiro; Daniel Lacerda, estudante, militante e sempre revolucionário; Fábio Gibran, pensador, apaixonado por literatura e poesia; Victor, estudante de Jornalismo, sempre colaborando com idéias; Rodrigo, também acadêmico de jornalismo do Ceulp, inteligente, participativo e companheiro; meu irmão Watson Silva, guitarrista da Maquinários e um ser humano inquieto; Hérica Rocha, grande mente e ótimos pontos de vista; Aos maquinários Alysson Hendrix e Anderson Sacramento, pessoas inteligentes, motivadoras e sempre próximas; Cássio Borges, acadêmico de Serviço Social, parceiro e um grande faminto por teatro e cultura; E em especial a Tácio Pimenta, jornalista e poeta, dono do blog C-do-B, pois foi quem sugeriu que eu criasse um blog. E meus agradecimentos a todos os outros que, se eu for escrever os nomes, vão encher outra página.

Um grande e sincero abraço a todos!


Colaboradores são sempre bem vindos!
Para publicar seu material no Trem Brasileiro, é só enviar um e-mail para:




domingo, 24 de outubro de 2010

A Lúcida Loucura de Raul Seixas

POETA, LOUCO, LÚCIDO, PROFETA, FILÓSOFO, CANTOR...

Ivan Silva

Raul Seixas (Foto:Web)
       Esta matéria é apenas um caminho para compreender esse que foi um dos maiores defensores da lúcida loucura no Brasil, e uma verdadeira lenda dentro da música popular brasileira. Para entender essa mosca que vive a pousar em diversas sopas até hoje, é necessário ir atrás de outras fontes que a vida oferece. Limitar-se apenas a livros e pequenos textos sobre ele não têm graça. Escutar suas músicas sem refletir é tiro no vento. É preciso mergulhar de corpo e alma, sem preconceitos e moralismos cegos, dentro do oceano que é a natureza desse grande brasileiro. É preciso ser um pouco maluco-beleza que nem ele. Mas se não quiser ser nada disso, nada lhe impede de ter um olhar meramente simples, convencional e careta.

Quem foi ele?

   Ele foi um brasileiro que soube azucrinar tanto os generais de quepe e cara fechada que se apropriaram do Brasil em 64, quanto os conservadores extremos que até hoje ainda se escondem da vida e dos seus prazeres mais sedutores. Um homem que nasceu numa Bahia mansa, em uma rua qualquer chamada Augusta, na cidade de Salvador, no ido de 1945. Tinha tudo pra ser um rapaz normal, casar-se com uma só mulher e com ela passar toda a sua existência,  ter um emprego legal, igual ou parecido ao do seu pai, que era engenheiro. Família e boa casa não lhe faltavam, pertencia à classe média e tinha amplo acesso à informação. Como foi dito, tinha tudo pra ser igual aos rapazes de sua estirpe. Tinha, mas não foi.
(Foto: Frederico Mendes)
    A razão? Simples. Acesso à informação. Melhor, acesso demasiado ao conhecimento. Ele devorou livros de Literatura Universal durante a sua infância, além de estudar sobre assuntos metafísicos. Essas viagens pelo saber, como é de praxe, o conduziram aos benditos Por quês da vida, e ele utilizava, para registro de suas descobertas fantásticas, um diário. Interessante é que, mesmo gostando tanto de aprender coisas novas, de escrever e de se aventurar pelo universo dos livros, ele não gostava tanto de ir à escola, e repetiu cinco vezes o 2º ano ginasial. Talvez não tenha se adaptado aos moldes educacionais e tradicionais das escolas da época, visto que era um grande pensador autônomo. Quem sabe não era sinal de que estava nascendo o rebelde que anos mais tarde iria sacudir o Brasil e o mundo com sua música genial, que misturava a energia do rock e os mistérios do ocultismo com  ritmos tipicamente brasileiros? Bom, a verdade é que o Maluco-Beleza crescia cada vez mais dentro do jovem Raul Seixas.
    Em virtude do seu gosto por música, dos seus contatos com a cultura americana na juventude, e da predileção por uma consciência independente e efusiva, ele não podia cair em outras mãos que não fosse do Rock N’ Roll. Influenciado por cantores de rock como Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee, Raul Seixas montou um conjunto que soltou os demônios na Bahia de Todos os Santos, levando covers alucinantes das músicas que estavam estourando nos Estados Unidos.  Era o The Panthers, composto por Raul, Mariano, Pirinho, Helinho e Antonio Carlos, conhecido como Carleba, um quarteto que seguia à risca todos os moldes que compunham o formato do verdadeiro roqueiro dos anos 50: topete à moda James Jean, comportamento enérgico, golas levantadas e a adoção da loucura como filosofia de vida. 
   Com a postura decisiva e o olhar sempre além, ele foi muito mais que um simples jovem rebelde. Foi um profeta, filósofo, poeta louco, o inicio, o fim e o meio. Compôs letras maravilhosas ao lado de Paulo Coelho, e com ele prosseguiu durante muitos anos, numa parceria que foi proveitosa para ambos. Os dois foram membros de uma sociedade secreta, envolveram-se com os segredos do ocultismo, e partiram para o exílio juntos, aprontando todas na cidade de Nova York, Estados Unidos. Segundo declarações do próprio Raulzito, os dois chegaram a conversar com o beatle John Lennon. Na ocasião, aproveitaram para discutir sobre o projeto por uma Sociedade mais Alternativa para todos, razão pela qual foram convidados a se retirar  do país. O engraçado é que o DOPS, o departamento repressivo da ditadura, utilizou como justificativa apenas o discurso contido na música Sociedade Alternativa, que poderia provocar um efeito desastroso na ordem nacional. Nenhuma prova da existência física de uma sociedade alternativa foi encontrada.

A reação do Não

(Foto: Web)
     Não havia como fugir. Infelizmente, Raul Seixas, assim como um número expressivo de brasileiros, foi obrigado a enfrentar um terror que até hoje  causa espanto quando se decide folhear as páginas da história do Brasil que se referem ao intervalo entre os anos de 1964 e 1985. A liberdade de expressão e a garantia dos direitos civis e sociais, firmados através da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, haviam ido pro ralo. As autoridades brasileiras resolveram transformar o Brasil num verdadeiro campo de guerra, onde o povo brasileiro escondia-se em barricadas enquanto o Exército mostrava todo o potencial da artilharia moral de seus lideres e brutalidade de seus soldados subordinados.  Artistas nacionais passaram a viver sob ameaça de exílio e censura, e Raul Seixas foi uma das vitimas, assim como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Suas músicas, consideradas subversivas pelos censores “altamente inteligentes”, representavam ameaça ao sistema político autoritário vigente. Era o perigo da loucura consciente, cantada e escrita, que a cada dia deixava os ditadores mais tementes e dementes.
    Para desprazer extremo dos tiranos no poder, a música raulseixista sempre foi recheada de discursos em defesa da liberdade humana. Ele compôs a canção Sociedade Alternativa, que é praticamente uma síntese de todo o seu pensamento, profundamente influenciado pelas idéias do mago Aleister Crowley, nascido na cidade de Leamington, Inglaterra, em 1875. É de Crowley a famosa frase: “Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei”, um dos pilares da sociedade que Raul Seixas havia imaginado junto com Paulo Coelho, e que pretendia transformar em realidade futuramente.
    A luta pela Sociedade Alternativa é uma luta que visa conscientizar as pessoas sobre a importância do Eu. É você ter a liberdade para buscar conhecimento, sem as abusivas interferências dos paradigmas religiosos, morais, culturais, políticos, entre outros. No livro Raul Seixas, o Sonho da Sociedade Alternativa, da professora Luciane Alves (Editora Martin Claret, São Paulo) há um capitulo dedicado ao projeto Era de Aquarius, de autoria de Raul. Ele pretendia, com essa empreitada, realizar um grande festival de música no principio do ano 2000, data de inicio do terceiro milênio. Nele haveria uma reunião de artistas de todo o mundo para uma mega exposição de arte, embora o principal foco de Raul Seixas fosse aproveitar a ocasião para promover uma luta pela paz mundial e contra o fim das armas nucleares. A lúcida loucura do cantor, como se pode notar, sempre esteve voltada para as causas que muitas  pessoas normais até hoje não conseguem resolver por completo.

Termina a ditadura, termina Raul e começa um novo tempo

    A carreira de Raulzito terminou em 1989, com a sua morte, quatro anos após o fim da ditadura militar. Toda a sua vida de loucuras ao lado dos amigos Paulo Coelho, Silvio Passos,  Marcelo Nova, de suas muitas mulheres, filhas, livros, músicas, seitas, bebidas e sonhos foi o que o ajudou a enfrentar as inúmeras adversidades do mundo. Enquanto foi cantor, provou das agruras da ditadura, mas também deu o troco. Sua malicia, a inteligência, a fina ironia, o ácido sarcasmo e as armadilhas nas composições eram armas poderosas com as quais driblava a terrível censura e o moralismo apaixonado de uma sociedade escravizada pelas forças tiranas de um poder extremista.
   Hoje ele revive. Camisetas,  cds, mp3, mp4, mp5, ipods, sites, blogs, ruas, rodas de amigos e shows são alguns dos muitos lugares onde se pode encontrar a mensagem de Raul Seixas, sempre imponente, forte e atual. A sua loucura sempre lúcida pulsa firme nos corações de muitas pessoas, e os tabus, ditadores e hegemonias diversas estão cada vez mais encurralados pelo poder da democracia, da expressão e da liberdade. Como foi dito no inicio, esta matéria é apenas um caminho, um breve escrito que conduz ao principio desse enorme e misterioso livro que é Raul. Lembre-se: é preciso buscar muito mais informação, pois vale a pena entender o Raulzito, respirar os ares da obra dele e, quem sabe, desfrutar um pouco da loucura que ele representa. Agora que o recado está dado, você pode começar a compreendê-lo por meio do livro de Luciane Alves, que é uma grande e notável fonte.

   Mas se você é especialista em Raul, então Viva a Sociedade Alternativa!

 
Fontes Pesquisadas: 
Luciane Alves - Raul Seixas. O Sonho da Sociedade Alternativa (Editora Martin Claret).
Museu Anos 80 - http://www.museuanos80.blogspot.com/

(Próxima atualização - 26/10/2010)




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mulher no Rock

UM BREVÍSSIMO APANHADO SOBRE A HISTÓRIA DAS PRIMEIRAS MULHERES NA GÊNESE DO ROCK N’ROLL.

Matheus Andrighi

Matheus Andrighi
A década de 50 estava praticamente no fim, o movimento beatnick estava ainda a todo vapor, dando base pro que viria a ser chamado, um tempo depois, de movimento hippie. Poucas bandas do cenário do “blues elétrico”, assim chamado a nova onda do momento, subiam ao palco com uma figura feminina em seu plantel. As mulheres geralmente ficavam no posto de gruppies; o cenário musical ainda era muito machista, não só por parte dos músicos, mas pela sociedade em geral, afinal, sair por aí, sem garantia do amanhã, tocando em bares na noite, andando em várias companhias não era coisa para mulheres que se davam ao respeito.
            A década que estava por vir, no entanto, pegaria o mundo de surpresa nos quesitos mais ásperos que se poderia imaginar. A liberação sexual, os movimentos por direitos igualitários desviaram a música de seu itinerário, apesar da maioria continuar do mesmo jeito. A baia de San Francisco revelava dezenas de bandas novas a toda semana e o verão do amor de 67 trouxe ao mundo duas pérolas que se tornariam figurinhas carimbadas da história, mas claro, dentre elas, centenas de outras preciosidades se revelaram potenciais e sentimentais na arte e na música da segunda metade do século XX: Janis Joplin, com sua voz arrastada e profunda que sem sombra de dúvidas deixa qualquer um abalado, (para ter uma idéia ouça os arranjos vocais do clássico Summertime) e Grace Slick no comando do Jefferson Airplane, em minha opinião a mulher mais linda a subir num palco . O THC, o LSD e o álcool calaram prematuramente a voz de Janis em setembro de 70, Grace Slick se consagrou com a carreira solo e muitas outras despontaram na mídia nos anos que se seguiram. 
Rita Lee
            Em meados da década de 70, Suzi Quatro entra em cena para ganhar o título de “primeira roqueira”, arrematou vários prêmios e alguns pares de sucesso. Com Nina Hagen e Joan Jett não foi diferente, depois do clássico: I Love rock n’roll o mundo viu o punk com outros olhos, se dando conta da grande importância e credibilidade da figura feminina no rock. Nina por exemplo, é famosa por suas grandes performances vocais, atuou em filmes cantando música clássica e até ópera. Direcionando o papo para grupos musicais, vemos que as coisas também seguiram na mesma linha, Mama’s and Papas, B52, foram garantia de sucesso por anos, servindo de base para centenas de bandas da atualidade formadas parcial ou completamente por mulheres exporem seu trabalho.
            Para os lados de cá, a sexagésima  década do século passado trouxe a tona, junto com a ditadura militar, os biquínis de bolinha e a crise do petróleo, uma das maiores protagonistas do rock n’roll brasileiro. Ainda no posto de vocalista dos Mutantes, Rita Lee já dava sinais de um potencial criativo aprimorado. Porém, em minha opinião, o seu auge mesmo se deu na década de 70, quando aconteceu a parceria com a célebre banda Tutti-Frutti. Foi aí então que Rita pode mostrar seu lado “prog” e cru do rock n’roll, explorar o vocal e a poesia em letras que misturavam histórias sobre despedida, rebeldia da juventude e problemas pessoais não resolvidos. Não é pra menos de que o disco “Fruto Proibido”, de 75 é um dos mais elogiados discos brasileiros de rock n’roll.
            Depois dessas, centenas de inconfundíveis divas subiram ao main stream para consolidar novos ares da música contemporânea, e que venham novos mitos... Estes são os meus.

(Próxima atualização - 24/10/2010)


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Arte de Dialogar no Diálogos

Ivan Silva 

9º Diálogos Culturais (Foto: R. Patrésio)
      Dialogar é sempre bom. O diálogo, como noz diz o dicionário Aurélio, um dos mais respeitados e recomendados pelos brasileiros, é fala alternada entre duas ou mais pessoas; conversação; troca ou discussão de idéias, opinião. Seguindo a definição do famoso livro, não há como negar que um “bom papo”  ainda é o melhor caminho para se chegar ao consenso. Sem ele, é absolutamente fácil alcançar o terrível estado de guerra que fez e faz tão mal à humanidade. Seguindo essa linha de raciocínio, é correto afirmar que entre a selvageria e a civilidade deve existir a coerência, pois o excesso de qualquer uma das duas representa  malefício social. E só se alcança a concordância por meio de debate, respeito e bom senso. 
   O diálogo é uma forma coerente e recomendável de comunicação, pois ajuda a refinar as  relações humanas. E uma iniciativa brilhante no que diz respeito à promoção da arte de dialogar vem ganhando destaque e grande dimensão na capital do Tocantins, Palmas. Trata-se do Diálogos Culturais, um evento que a cada edição vem conquistando a atenção da sociedade palmense justamente pela grandiosidade de sua proposta, que é a de convidar as pessoas para uma gostosa reflexão sobre temas de alta relevância nos âmbitos profissional, social, filosófico, cultural e artístico. Apesar de ter estilo próprio, ele tem certa semelhança com o programa Café Filosófico, veiculado pela TV Cultura aos domingos, que também é uma boa opção para os amantes da boa conversa. Tanto o  Diálogos quanto  o Café são basicamente um palestrante, um cenário suave, uma platéia ávida e muita, mas muita discussão positiva e construtiva.  

O brilho da 9ºEdição

    O Diálogos Culturais, que é organizado pelos alunos do Curso de Comunicação Social/ Publicidade e Jornalismo, em parceria com a coordenação do curso, cuja responsabilidade é das  professoras Cássia Silva e Irenildes Teixeira, foi realizado pela nona vez na noite do dia 14 de outubro, no mini auditório (sala 563) do Ceulp/Ulbra. E o tema abordado foi Redes Sociais Virtuais e Web 2.0, um avanço nas relações humanas, brilhantemente explicitado pelo debatedor convidado, o Dr. Américo Ricardo de Almeida, que é administrador com Pós Graduação em Gestão Empresarial de Negócios e possui doutorado em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA.
    Ele iniciou o debate falando do quanto as revoluções da tecnologia provocaram mudanças profundas na sociedade, modificando as formas de comunicação e acelerando o desenvolvimento em todos os setores. O progresso tecnológico, fruto da Revolução Industrial, cuja expansão ocorreu no século XIX, começou a extrair das máquinas a força de trabalho que até então era das pessoas. Isso provocou uma série de transformações que ajudaram a estabelecer a economia capitalista e revolucionar os meios de comunicação, possibilitando o surgimento da cultura de massa, que se estabeleceu após o surgimento de equipamentos que tornaram possível a publicação em grande escala dos jornais.
   Mas foi sobre a internet, um assunto que interessa bastante na contemporaneidade, que Ricardo Almeida debateu com bastante afinco. A tecnologia Web 2.0 e seus benefícios indiscutíveis para o desenvolvimento das empresas e aprimoramento das relações humanas foi o tema da noite. Explicou que o termo é designado para retratar a segunda geração da World Wide Web, onde os internautas de plantão interagem com serviços da internet e sites diversos. A tendência é que a Web 2.0 ajude a tornar o espaço virtual cada vez mais rico em dinamismo e estimule os usuários a instituírem melhor o  conteúdo. E é o que vem acontecendo, visto que atualmente os internautas dispõem de infinitas ferramentas virtuais que os ajudam nessa tarefa.
    Com a interação e a ampla participação das pessoas no cenário virtual, as empresas não podiam ficar de fora. É quase um provérbio a idéia de que empresa que não utiliza a internet para anunciar está perdendo a chance de realizar um grande negócio. Com a Web 2.0 não há mais territorialização, e vive-se o efeito moebius, a anarquia, a liberdade de comunicação, a inexistência de fronteiras. Tudo que se digitaliza está na mão do mundo, basta que se saiba propagar a informação usando os recursos cibernéticos da melhor forma. Um anúncio pode ser hospedado em um site, e por que não chama-lo de ponto de venda? Foi uma das indagações do debatedor do 9º Diálogos Culturais.  
   Ricardo Almeida mostrou ainda, em um dos slides utilizados na palestra, alguns dados acerca da contribuição da internet na economia brasileira. As informações mostravam que as Redes Sociais contribuíram para faturamento de 335 milhões de reais através do comércio virtual no Brasil. Também apontavam o brasileiro como líder mundial no uso dessas redes, e que apenas 7% das empresas do estado de São Paulo usam a ferramenta. Ou seja, diante de uma revolução virtual que está tomando conta do mundo inteiro, muitas empresas ainda fazem vista grossa aos fatos, e permanecem, por ignorância voluntária ou involuntária, nas garras da obsolescência. Pura perca de tempo!

Uma metamorfose que se principia

   Orkut, Facebook, Twitter,  Blogger...Redes Sociais são mesmo um “barato”. A anarquia, a facilidade com que se pode acessar qualquer conteúdo, a liberdade de poder falar o que se pensa e até de interagir com ídolos são apenas algumas das peculiaridades desse grande meio de comunicação que é a internet. Ela é uma verdadeira incubadora de idéias, uma fonte inesgotável de informação e, sobretudo, uma alternativa que possibilita o pleno exercício da cidadania, da liberdade de expressão, da luta contra a hegemonia daqueles que ainda acreditam ser possível silenciar a voz da sociedade, numa época onde o ser humano está tendo a chance de pode pensar alto, e de influenciar  os outros a aderirem às suas idéias. O Trem Brasileiro parabeniza O Diálogos Culturais, seus organizadores e colaboradores pela escolha do tema e por possibilitar à população palmense o privilégio de obter mais conhecimentos sobre essa grande revolução que é a internet. Sem dúvida,  o poder das redes sociais vai aproximar cada vez mais pessoas do mundo inteiro e formar uma grande corrente humana capaz de transformar o mundo, espera-se, para melhor. E o Trem, que também é uma rede social, conta com o apoio de todos vocês para que possa ser um instrumento de aproximação humana e concatenação de grandes idéias. Parabéns.

(Próxima atualização - 22/10/2010)


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minha Vida de Vinil

  Matheus Andrighi 

Matheus Andrighi
     Se a minha memória confusa e por partes com fome, de qualquer coisa, que é a memória de um universitário, não estiver confundindo as coisas, penso que minha história inteira cabe dentro de um long play de quarenta e oito rotações por minuto. Melhor ainda se este for dos Beatles. Aproximadamente quatorze faixas chiadas que traduzem um amor, ainda que em processo de namoro, denominado música.
   Longe de ser qualificado o bastante para poder discorrer demais sobre o assunto, eu só posso falar por mim sobre esse dial que regula o meu comportamento e o comportamento dos outros cinco bilhões, novecentos e noventa e nove milhões de indivíduos que vivem aqui.
   Lembro que quando criança, meu pai costumava a sentar comigo perto do radio preto da sala e colocava um disco pra gente poder ouvir. Eu dormia ou ia brincar, claro, se eu soubesse que ser criança passa tão rápido, eu com certeza teria aprontado muito mais com os móveis da minha mãe, que sempre mandava baixar o som. E quando eu ia brincar, ficava ouvindo a música da sala, de longe, meu pai sentado, fazendo qualquer coisa, quieto. De qualquer jeito era bom, quando eu ficava com ele, me contava sobre o tempo em que ia virar padre, conheceu minha mãe, fugiu do seminário, virou cantor, fotos em que aparecia cantando... Aí eu ouvia um pouco de música.
   Um dia ele me mostrou uma coleção de quatro carinhas iguais, até nas roupas e nas costeletas, que tinham feito muito sucesso na década de sessenta e que ele gostava muito.
   Eu não sei por que, acho que as coisas só acontecem com o decorrer dos anos. Quando eles iam trabalhar e eu já havia voltado da escola, colocava um disco no radio preto e ficava no espelho ensaiando meu grande futuro como rock star internacional com um violãozinho de plástico e quatro cordas que eu tinha conseguido no tiro ao alvo da festa junina do emprego do meu pai. Sempre tinha muito CD espalhado pela sala, mas eu gostava dos “bolachões”, tinham um chiadinho legal e dava pra fazer um remix se girasse mais rápido com a mão. Fui descobrindo coisas que realmente gostava, virei crítico musical dos discos lá de casa no auge dos meus nove anos, escrevia pra uma revista que só eu lia.
   De qualquer jeito, a gente sempre acaba se identificando com coisas que não parecem exercer tanta importância em determinado momento. Algum tempo passou, a minha revista teve que fechar por falta de leitores, o rádio preto continuou na mesma sala e eu continuei descobrindo mais coisas que eu gostava na música, pendi mais para alguns estilos do que para outros, pedi para o meu pai um violão de verdade, para que eu pudesse aprender a tocar as coisas que eu gostava de ouvir. O sentimento implícito que é transposto em breves, semibreves, colcheias e acordes. Poesia, blues e incenso. Gostava mais da década de sessenta num dia, virava Elvis no outro, me via sentado vendo o pôr-do-sol em uma tarde de 1985, depois de ver o Paralamas do Sucesso estrear no Rock n’Rio. É uma sensação engraçada de poder vivenciar momentos em que eu nunca estive ou nem era vivo, e com detalhes ainda por cima. E que só a música me proporciona.
   Hoje quando vou visitar meus pais, antes de voltar, sempre peço para que cuide direito do rádio preto da sala, que hoje está no meu quarto lá na casa deles. Sempre que posso coloco um disco, sento, fico parado, fazendo qualquer coisa, quieto. Minha mãe pede pra baixar o som, tem uma foto minha com o violãozinho de plástico ao lado da cômoda. E a música rola a tarde inteira, por que eles foram trabalhar e eu estou de férias, sozinho. Eu ainda não virei um rock star internacional, mas até já conheço outros estados, porque precisei sair pra estudar. Eu descubro um som novo que eu goste a todo o dia, o último foi o som de uma castanhola. Os vinis estão guardados pra quem sabe eu colocar pros meus filhos poderem dormir também. E eu e estou aí, batucando a mesa durante a aula na faculdade.

Matheus Andrighi
Acadêmico em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda
Músico integrante da banda Maquinários (da qual Ivan Silva é vocalista).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Advento do 45!

  Ivan Silva

Siqueira Campos
  Com 82 anos de muita determinação, saúde e experiência de vida, José Wilson Siqueira Campos, ou simplesmente Siqueira Campos, como é conhecido pelo povo tocantinense e por todo o Brasil, tem em suas mãos o governo do Estado do Tocantins pela quarta vez. E durante toda a sua campanha eleitoral foi notável a força de vontade com que ele proferiu cada discurso, participou de comícios e caminhou por todas as regiões do Estado, levando suas propostas e dizendo a razão pela qual pretende governar o Tocantins mais uma vez: “quero fazer o melhor governo da história”. Além disto, mostrou na prática o que seu slogan de campanha buscou evidenciar: “ele vai voltar com todo gás”. Por tudo isto, parabéns a Siqueira Campos pela vitória nas urnas no dia 3 de outubro, e parabéns também aos 772.644 eleitores que participaram das eleições e exerceram seu papel como cidadãos, votando e fazendo valer o democrático direito ao voto.

As propostas do novo governador

    Em sua campanha, Siqueira Campos, ao lado de importantes lideranças politicas como João Ribeiro, Vicentinho, Moisés Avelino, Kátia Abreu entre outras, defendeu propostas como: a redução da tarifa da energia elétrica, mais 7 grandes hospitais regionais e 11 de pequeno porte em todo o Estado e a criação do Programa Médico na Porta, que vai levar saúde para as regiões onde não há assistência médica adequada.  Também propôs o aumento do número de beneficiados com o Bolsa Família, o surgimento da Secretaria das Oportunidades, qualificação da mão de obra e redução de impostos.
    No seu plano de governo também está previstro a construção de 18 novas escolas de tempo integral, centros de recuperação para viciados em crack e combate ao tráfico drogas, além de mais 70 mil casas e diversas outras obras que beneficiarão o Tocantins.
 
Um pouco da vida de Siqueira

    Os que não conhecem pelo o menos já ouviram falar de Siqueira Campos alguma vez. Isto pelo fato da história deste político estar fortemente ligada à do Tocantins. Nascido na cidade de Crato, no sertão do Ceará, no ano de 1928, o menino José Wilson Siqueira Campos enfrentou grandes dificuldades e o trauma de perder a mãe, dona Regina Siqueira Campos, aos 12 anos de idade. Logo depois partiu para uma longa viagem pelo Brasil, em busca de oportunidades de crescimento e melhoria de vida. Percorreu os estados do Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas foi no antigo norte de Goiás que ele começou a desenhar sua carreira política, que em breve seria bastante promissora e conturbada. Foi em Colinas, quando trabalhava no campo, que ele resolveu criar a Cooperativa Goiana de Agricultores, uma das forças que impulsionaram a voz popular a pedir pela divisão de Goiás, que futuramente culminaria na criação do atual Estado do Tocantins.
     Exercendo o cargo de vereador em Colinas, ele fortalece e difunde cada vez mais a idéia de que é preciso defender a causa separatista, pois somente a criação de um novo Estado poderia trazer o progresso para a esquecida e sôfrega região norte de Goiás. Mas esse pensamento lhe traz alguns infortúnios, e ele chega a ser vitima de várias tentativas de assassinato, sendo até mesmo preso pelas forças federais por 21 dias, e depois ovacionado pelo povo durante a sua libertação.
    Como deputado federal por quatro mandatos, ele permaneceu empenhado na luta pela emancipação do povo do norte goiano. Ainda no cargo, Siqueira foi Constituinte e relator da Subcomissão dos Estados da Assembléia Nacional Constituinte, e redigiu e entregou ao presidente da Assembléia, o deputado Ulisses Guimarães, a Emenda Siqueira Campos, que foi aprovada junto com a promulgação da Constituição de 1988, e que consolidou a criação do Estado do Tocantins, o mais novo da Federação.
    Após tanta luta, ele consegue-se ser eleito governador do Estado, exercendo um mandato que durou entre os anos de 1989 e 1991. Na época, ele deu inicio à construção da capital, Palmas, considerada a última cidade planejada do século XX, que foi construída em apenas 7 meses.
    De volta ao poder em 1995, Siqueira Campos exerce dois mandatos consecutivos , que duram até 2003. Neste período, ele faz investimentos pesados em infra-estrutura, dotando o Estado de pontes, asfalto, rede elétrica, hospitais, entre outras grandes obras. É absolutamente inegável que sua gestão foi marcada por muito trabalho, o que possibilitou ao Tocantins o reconhecimento nacional como um Estado promissor que orgulha o povo tocantinense pioneiro e atrai muitos brasileiros de todos os cantos do Brasil para aqui estabelecerem morada. Por isso, independente da convicção politica de cada um, é impossível desvincular o nome Siqueira Campos de Tocantins. Este cearense, que decidiu abraçar estas terras e este povo caloroso parecia já ter seu destino traçado. E agora ele volta ao poder, oito anos depois, disposto a continuar fazendo história. E o povo espera dele um grande governo.

O que espera o Trem

   O Trem Brasileiro, por ser um blog que tem sua base em Tocantins e que almeja o melhor tanto para o Estado quanto para o Brasil em toda a sua totalidade, parabeniza novamente a Siqueira Campos pela vitória nas urnas no dia 3 de outubro. O povo elegeu seu representante, exercendo sua plena cidadania, e o Trem vai estar aqui, neste grandioso espaço virtual, para fiscalizar, cobrar soluções e divulgar as ações deste novo governo que, levando em consideração as promessas de campanha e seu histórico de realizações no Estado do Tocantins, será muito benéfico para todos. E a população precisa ser amparada urgentemente. Ela não pode esperar.
   Mas nenhum governo jamais será absolutamente perfeito se o povo não estiver engajado na luta e cobrança dos seus direitos. E hoje, com o advento das tecnologias da informação e do conhecimento, é muito mais fácil ter contato com tudo o que está acontecendo na sociedade, e isto possibilita a maximização do bom senso e o acesso ao direito e seu exercício. Todas as classes sociais, independente de ideologia, religião, nível de escolaridade ou poder aquisitivo podem e devem utilizar a internet para a livre manifestação contra tudo o que julgarem errado. E novamente é necessário reiterar o que foi dito no texto "Brava Gente Brasileira": na internet ninguém tem problema de solidão. Se você tem uma opinião, sempre vai encontrar pessoas que compartilham das idéias que você defende.
   Por isso, é necessário trabalhar em conjunto com o governo,  seu vizinho, a sua família e seus amigos por um Tocantins melhor. Não adianta esperar que  os gestores públicos resolvam tudo sozinhos. É necessário o trabalho em equipe, cidadãos e governantes, para que se construa uma sociedade mais justa e participativa. E o Trem Brasileiro está aqui para ajudar a estabelecer este elo fundamental.

Bom governo a Siqueira, coragem e participação ao povo do Tocantins e união pela mudança.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dois dias para o Futuro...

    Ivan Silva
  
O amanhã nos seus dedos!
    Eis que chega o grande momento em que todos são extremamente importantes. Eis que se aproxima a ocasião onde as pessoas vão desfrutar do privilégio de serem verdadeiras juízas. Vem ai, no dia 3 de outubro, mais uma eleição no Brasil. Está cada vez mais perto a oportunidade de transformação do país, ou de sua ruína. Cabe aos eleitores (nesta massa incluem-se os analfabetos funcionais, as concubinas e gigolôs do voto, os militantes fanáticos e outros mais) a responsabilidade de tentar mudar suas vidas. É a voz dos cativos e oprimidos que vai ecoar forte por todos os cantos deste lindo país de riquezas e mazelas com dimensões continentais.
    Passaram-se dois longos meses, onde foram apresentadas propostas e planos de governo por diversos partidos, além de vigorosos ataques que deixaram o eleitor meio confuso. Mas de tudo isto o mais interessante foi a participação popular nesta campanha eleitoral de 2010. Ela esteve tanto nas ruas quanto na internet. Com destaque para o universo virtual, claro. Em Sites, Blogs, Twitter, MSN e várias outras redes sociais foi notável a presença marcante das pessoas, que não abriram mão do direito de comentar e expor sua valiosa opinião a cerca da corrida eleitoral em suas cidades e estados. Todas falaram, postaram vídeos de critica aos candidatos, denúncias e sátiras engraçadíssimas que fizeram a alegria dos internautas em geral. Também não se pode deixar de mencionar as clássicas charges, que arrancam gargalhadas e conscientizam. Tudo isto é democracia e liberdade. Vivam ambas!
   
Aqui neste grandioso Bico de Papagaio

     No Tocantins já se esperava que a campanha eleitoral fosse bastante acirrada, considerando que apenas dois candidatos disputam a vaga pela cadeira real no Palácio Araguaia. Tanto a coligação Força do Povo, responsável pela campanha de Carlos Gaguim, quanto a Tocantins Levado a Sério, que está com Siqueira Campos, deram o melhor de si e lutaram até o fim para conquistar o voto de confiança do eleitor. Ataques pessoais e denúncias graves ocorreram de ambas as partes, e isto é absolutamente comum no Brasil. Infelizmente os políticos ainda preferem se engalfinhar do que discutir idéias e propor soluções para os problemas que convivem com a sociedade. Mas os eleitores que não negociam seu voto e ainda tem esperança num futuro melhor saberão avaliar, no dia 3 de outubro, quem é de fato o melhor para o Tocantins. Saberão medir o grau das denúncias e apontar qual delas foi a mais grave. E optarão pela que teve maior repercussão.  
   
Um apelo

      Neste dia 01 de outubro de 2010, restando apenas dois dias para a eleição, o Trem Brasileiro reitera seu apelo a todos para que analisem criticamente os fatos. Escolha seu candidato primando pela razão, e deixe de lado a emoção, o irracionalismo que cega, a paixão que envenena e o dinheiro que corrompe. Pense no passado, lembre-se dos 20 anos de ditadura militar que suprimiram a liberdade e o direito ao voto livre. Hoje você tem o privilégio de viver num Estado Democrático de Direito, e de usufruir do resultado da luta de muitos que, talvez por terem sido assassinados pelo regime autoritário no Brasil, não tiveram a oportunidade de ver seu sonho por justiça concretizado. Você é inteligente e com certeza não vai jogar seu voto fora...

Você é consciente e  LIVRE!