Pedaços dos dias
Flutuando no vácuo da sala,
A colher pedaços dos meus sentimentos
Que se movem lentos nessa atmosfera.
Resquícios de nostalgia,
O singelo castelo da infância
Me fascina e me machuca.
Aqui na sala eu sou o homem
Das teclas de um piano que
Me projeta no mundo.
Números, textos, planilhas, planos,
Imagens cuja beleza é pra vender.
Sou quem reconstrói a vida com
Moldes fascistas e quem canta
Já sem força o canto comum e livre.
Até que às vezes o tempo me dá
Alguma pista de mim mesmo, e
Eu aperto sua mão com esperança.
Reconstruo meus dias entre quatro paredes,
Derramando poesia onde só há lógica cinza.
Cada vez mais longe da minha pele.
(Ivan Silva)
3 comentários:
"Moldes fascistas e quem canta
Já sem força o canto comum e livre"; Sim caro amigo, só nos resta o canto do silêncio, já que tentam calar nossas vozes que andam contra essa trágica queda de personalidade que o sistema nos apresenta...
Muito bom o seu blog... parabéns!
Muito obrigado, Jéssica! Volte sempre. O Trem Brasileiro é nosso!
Abraço!
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